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Estrangeiras são vítimas de abuso em casamentos arranjados na Coreia do Sul

Em 2017, 42% das noivas estrangeiras relataram ter sido vítimas de violência, incluindo abusos físicos e verbais - Getty Images/EyeEm
Em 2017, 42% das noivas estrangeiras relataram ter sido vítimas de violência, incluindo abusos físicos e verbais Imagem: Getty Images/EyeEm

De Universa, em São Paulo

03/08/2020 20h07Atualizada em 04/08/2020 08h15

Os casamentos arranjados com mulheres estrangeiras são incentivados e até subsidiados por autoridades locais na Coreia do Sul. Alguns casais têm um relacionamento feliz e bem-sucedido, mas muitas noivas acabam sendo vítimas de discriminação, violência doméstica e até assassinato, como relata uma reportagem publicada hoje pela CNN.

As estatísticas mostram um cenário sombrio: em 2017, 42% das noivas estrangeiras relataram ter sido vítimas de violência doméstica, incluindo abusos físicos, verbais, sexuais e econômicos, aponta uma pesquisa da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Coreia do Sul (NHRC, na sigla em inglês).

Entre as mulheres sul-coreanas, essa parcela é de 29%, de acordo com dados do Ministério da Família e da Igualdade de Gênero.

A história trágica da vietnamita Trinh, morta por seu marido Shin (nomes fictícios), é um destes casos. Ela se mudou para a cidade de Yangju, na região metropolitana de Seul, em 16 de agosto de 2019. O casal brigava frequentemente, principalmente devido à barreira do idioma, ao modo como gostavam de viver e às questões financeiras, o que levou Trinh a querer a separação.

Três meses depois, em 16 de novembro, ela anunciou ao marido que estava saindo de casa para morar com um parente em outra cidade. Shin tentou detê-la, e ela tentou se defender com uma faca da cozinha, segundo as investigações. Ele, então, pegou a faca de Trinh e a esfaqueou dez vezes na barriga e no peito.

Depois que ela morreu, Shin embalou seu corpo em um plástico, colocou a esposa e seus pertences em seu carro e dirigiu até um pomar de caquis no condado de Wanju, a 200 quilômetros de sua casa. Lá, ele a enterrou.

Em abril, Shin foi condenado a 15 anos de prisão. As evidências apresentadas durante o julgamento incluíam fotos da cena do crime, seu testemunho e, claro, seu contrato internacional de casamento.

"A vítima agora está voltando a sua terra natal como um cadáver", disse o juiz Kang Dong-hyeok em sua sentença.

Mercado em ascensão

Os estímulos aos casamentos arranjados começaram na década de 1980, quando governos locais na Coreia do Sul começaram a subsidiar "casamenteiros" privados, pagando entre 4 e 6 milhões de won (cerca de US$ 3.800 e US$ 5.700 à época) por noivado. Era uma tentativa de fazer com que homens tivessem mais filhos e, assim, conter o envelhecimento da população.

Nas décadas seguintes, porém, as noivas já não eram mais apenas sul-coreanas — mas também filipinas, vietnamitas e cambojanas.

Hoje, a maior parte das noivas estrangeiras vem do Vietnã. Em 2018, 16.608 casamentos entre sul-coreanos e mulheres estrangeiras foram registrados, sendo 6.338 com noivas vietnamitas; 3.671, com chinesas; e 1.560, com tailandesas.

Segundo a CNN, um dos motivos pelos quais tantas noivas vêm do Vietnã é a busca por melhores condições de vida. Em 2017, o PIB per capita (Produto Interno Bruto por pessoa) do país ficou em US$ 6.900, enquanto o da Coreia do Sul foi de US$ 39.500.

Essas mulheres normalmente são jovens: enquanto os sul-coreanos que recorrem aos casamenteiros têm, em média, 43,6 anos, as noivas estrangeiras têm 25,2 anos.

O que precisa mudar

Não é fácil ser mulher na Coreia do Sul. Entre os membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o país está entre os últimos no "Global Gender Gap", ranking elaborado pelo Fórum Econômico Mundial que mede o nível de desigualdade de gênero dos países.

Segundo Heo Young-sook, chefe do Centro de Direitos Humanos para Mulheres Migrantes da Coreia, a situação é ainda pior para as noivas estrangeiras.

"As mulheres migrantes enfrentam discriminações em vários níveis. Frequentemente são alvo de discriminação de gênero e racial, combinadas com questões institucionais, que criam problemas", explica.

Neste ano, a parlamentar Jang Hye-yuong já propôs um projeto de lei contra a discriminação que, se aprovado, seria o primeiro no país. Ela acredita que a proposta pode ajudar mulheres estrangeiras, ainda que o texto não mencione possíveis abusos cometidos a elas.

"Se [a maneira com que estrangeiras são tratadas] for definida como discriminação e puder ser punida, acho que muitas mulheres migrantes de nossa sociedade viverão de forma mais segura e com mais dignidade", avalia.