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Dia V

Dois dias de conversa e 18 mulheres pra falar de autoconhecimento e autocuidado íntimo, sexualidade e descoberta do prazer


Mulheres ainda sentem vergonha de se tocar: reflexões da 2ª rodada do DIA V

Lia Rizzo

Colaboração para Universa

23/10/2020 16h08

Mulheres ainda sentem vergonha de explorar o próprio corpo. As mais jovens, ao menstruar ou iniciar a vida sexual, buscam orientação ginecológica quase sempre apenas para prescrição de anticoncepcional ou prevenção de infecções sexualmente transmissíveis. Já as mais maduras recorrem à medicina quando apresentam algum sinal físico de que algo não vai bem e, ainda assim, o fazem quase sempre quando os sintomas estão ináveis.

Esses comportamentos foram discutidos em mais dois painéis nesta sexta que deram continuidade à programação do DIA V. Na primeira conversa, estiveram em pauta autocuidado íntimo, ginecologia natural e a força do autoconhecimento do corpo e dos desejos. Em seguida, Bárbara dos Anjos Lima, editora de Universa, comandou papo final sobre dores e incômodos considerados anormais como, por exemplo, sangramento uterino anormal (SUA) ou menstruação em excesso.

É preciso se tocar!

Embora até a OMS (Organização Mundial da Saúde) se refira à saúde sexual como um estado de bem-estar físico, emocional e mental em relação à sexualidade, o tema ainda causa embaraço. Solteiras ou casadas, mulheres raramente se sentem encorajadas a tocar seus corpos, principalmente fora do contexto erótico, para se conhecer anatomicamente.

De acordo com Andrea Menezes, ginecologista e obstetra, é urgente naturalizar as conversas sobre saúde e sexualidade femininas. "Este é um tabu na sociedade. Adolescentes e também mulheres mais maduras não são estimuladas a se conhecer e entender como funciona. Diferente do que acontece em países desenvolvidos, que abordam de forma assertiva o assunto e onde se vê menor número de gravidez indesejadas, maior controle de infecções sexualmente transmissíveis", alertou a médica.

Fisioterapeuta especializada em assoalho pélvico, Laura Della Negra considera que se conhecer é se colocar como protagonista de sua saúde e de seus prazeres. Ela, que antigamente era procurada por gestantes em busca de exercícios para o parto vaginal, hoje já recebe muitas jovens mulheres com demandas de disfunção sexual. "Por muitos anos tudo o que ouvimos sobre sexo estava mais relacionado ao prazer masculino que feminino", explicou. "A contração da vagina, por exemplo, é algo que vai mais contra que a favor para as sensações da mulher."

Isabel Dias é autora de "32: um homem para cada ano que ei com você", em que conta como mergulhou num processo de conhecimento de si e de sua sexualidade depois de traída pelo ex-marido. Ela ressaltou que sua história ajudou a desmitificar a ideia de que mulheres na menopausa perdem a sensibilidade e, por consequência, o prazer no sexo. "A separação me levou, aos 60 anos, a explorar meu corpo ainda que ele fosse mais envelhecido. Ganhei um vibrador e descobri um mundo muito maior do que imaginava", contou.

Andrea Menezes falou ainda sobre padrões estéticos e a busca da juventude eterna alimentados por, entre outras coisas, redes sociais e a indústria pornográfica. "A questão de não ter pelos, de o corpo estar caído, de ter cheiro e a vulva ser feia são preocupações de muitas mulheres. E sempre começo perguntando de onde vem a comparação. Porque é normal ter cheiro e não existe vulva padrão!"

Sentir dor não é normal

Ser mulher tem que doer? "De jeito nenhum", disse a médica Thais Emy Ushikusa, gerente de saúde feminina da Bayer. "Há situações em que você pode sentir algum tipo de dor eventualmente, como uma cólica menstrual. Mas não pode ser algo que inviabilize a vida da mulher, que a leve para o pronto-socorro por conta de um fluxo intenso." Ela lembrou que há questões culturais do ado que ainda se sustentam, como o mito em torno de algumas enfermidades relacionadas a saúde feminina, que de fato eram mais difíceis de se tratar antigamente.

Atualmente porém, o que se vê são mulheres de todas as idades que ainda desconhecem o que deveria ou não ser normal. "Meninas em geral têm muita dificuldade para falar sobre corpo e menstruação e vergonha de deixar transparecer que precisa trocar absorvente, por exemplo. E acabam guardando para si também o que não está legal", apontou Viviane Duarte, CEO do projeto Plano de Menina e co-criadora do movimento SUA Não é Normal, que busca acolher e informar aquelas que sofrem com sangramento menstrual excessivo e dores muito intensas durante este período.

O sangramento é considerado anormal quando há perda de sangue em demasia, interferindo em atividades físicas e sociais, afetando a qualidade de vida da mulher. Estima-se que uma em cada três mulheres sofra com essa condição. Para Bruna Rocha, vice-presidente da ONG Crônicos do Dia-a-Dia e também co-criadora do SUA Não é Normal, o sangramento uterino anormal - quando muito ou quando pouco - é um tema que precisa de maior atenção.

"Menstruação não é uma doença, mas em demasia pode ser", explicou. "Precisamos falar mais de saúde para ter uma vivência melhor com nossos corpos e nos cuidar. Não se negocia com saúde!".

O movimento SUA Não é Normal é apoiado pela Bayer.