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Universa Talks debate reencontros pós isolamento e impacto nas mulheres

Lia Rizzo

Colaboração para Universa, de São Paulo

20/06/2022 12h29

Foram pouco mais de dois anos de privações até chegarmos ao que parece, enfim, a era do reencontro. Embora a covid continue entre nós, a pandemia finalmente dá sinais de estar arrefecendo e a vida, aos poucos, encontra um novo eixo. Ou, quem sabe, novos normais? No último dia 14, foi realizada a sexta edição de Universa Talks. E, tal qual na primeira realização do evento, foi possível reunir presencialmente convidadas especiais e uma pequena plateia, que acompanhou ao vivo o que toda a audiência de Universa pôde assistir virtualmente.

Em que ponto estamos, nesse reencontro com a nova realidade e vendo mudanças que começaram ou avançaram nos últimos anos, se consolidarem? Como será revertido o triste quadro de desemprego na força de trabalho feminina? Que revoluções são tão profundas quanto a maternidade? De que dinâmicas de relacionamentos estamos falando? O que nos influencia, o que desejamos a partir de agora? Essas e outras reflexões foram aprofundadas em painéis, entrevistas especiais e participações como as da atriz Tainá Muller e da cantora Paula Lima, com apresentação de Fabi Gomes, colunista de Universa e apresentadora do "E aí, Beleza?", produção das jornalistas Diana Cortez e Bárbara Therrie, e patrocínio de Genera.

UNIVERSA TALKS 2022 - Reencontros: confira os melhores momentos!


ABERTURA COM TAINÁ MÜLLER

Tainá Muller conversa com a editora Bárbara dos Anjos no Universa Talks - Mariana Pekin/ UOL - Mariana Pekin/ UOL
Tainá Muller conversa com a editora Bárbara dos Anjos Lima no Universa Talks
Imagem: Mariana Pekin/ UOL

Atriz, mãe de Martin, 6, dona de um refúgio sustentável na Serra da Mantiqueira, Tainá Muller foi a estrela da abertura. Entrevistada por Bárbara dos Anjos Lima, a protagonista da série "Bom dia, Verônica", enfrentou, como tantas mulheres, os desafios de conciliar durante a pandemia, a educação do filho, o trabalho e os planos que precisaram ser recalculados com a vida em como de espera.

O caminho para encontrar a paz na maternidade foi se dedicar a pensar e estudar uma educação mais focada no desenvolvimento do filho. A trajetória profissional foi revisada: o contrato de longo prazo com a maior emissora do país foi encerrado para dar espaço a outros projetos - uma decisão influenciada também pelas reflexões pós nascimento de Martin.

"Quando a gente tem filho, nosso tempo fora de casa precisa valer muito a pena. Queria que tudo que eu fizesse a partir daí fosse muito relevante para mim e todas as pessoas" Tainá Müller

Que horas elas voltam? Um discussão sobre carreira e pandemia

Tijana Jankovic, CEO do Rappi Brasil, Helen Andrade, Head de Diversidade e Inclusão da Nestlé, e a artista e empreendedora Raquel Virgínia conversam com a editora-chefe de Universa Débora Miranda no Universa Talks 2022 - Mariana Pekin/ UOL - Mariana Pekin/ UOL
Tijana Jankovic, CEO do Rappi Brasil, Helen Andrade, Head de Diversidade e Inclusão da Nestlé, e a artista e empreendedora Raquel Virgínia conversam com a editora-chefe de Universa Débora Miranda no Universa Talks 2022
Imagem: Mariana Pekin/ UOL

O fenômeno é mundial. Mulheres foram desproporcionalmente atingidas pelas consequências econômicas durante e pós pandemia, resultado de um triplo golpe: os primeiros setores mais impactados onde elas eram maioria, o posterior fechamento definitivo de vagas em áreas mais dominadas por elas e o fechamento de creches e escolas - no Brasil, a medida levou mais de um ano, foi o lugar onde instituições de ensino e cuidado para crianças e adolescentes aram mais tempo fechadas.

O cenário não dá pistas de melhora e, a saída, em caráter emergencial, demandaria esforços conjuntos entre a iniciativa privada e o governo, apontam especialistas. Esse movimento, porém, não está acontecendo. Como e quando, então, as mais de seis milhões de brasileiras desempregadas conseguirão voltar para a força de trabalho?

O tema foi debatido no primeiro da programação de Universa Talks, com participação das executivas Helen Andrade, head de diversidade e inclusão da Nestlé, Raquel Virginia, CEO da consultoria para diversidade Nhaí, e Tijana Jankovic, presidente da RAPPI no Brasil.

"É preciso entender que projetos estão em jogo pelas nossas vidas. E como se converteram em legado para que estejamos mais protegidas." Raquel Virgínia

"Acredito que haveria um retorno muito rápido e muitos benefícios para o Brasil se o país investisse em ampliar a representatividade feminina" Tijana Jancovic

"Políticas públicas são essenciais para que direitos sejam garantidos. Porém, começa com a responsabilidade individual de cada um, de quem elegem quem está lá para pensar essas políticas" Helen Andrade

DE MÃE PARA MÃE

Zizi e Luiza Possi participam de  sobre maternidade no Universa Talks 2022 - Mariana Pekin/ UOL - Mariana Pekin/ UOL
Zizi e Luiza Possi participam de sobre maternidade no Universa Talks 2022
Imagem: Mariana Pekin/ UOL

São diversas as revoluções que mulheres podem vivenciar ao longo da vida. Muito embora não exista um único caminho, há um consenso sobre um deles: a maternidade, o momento em que se deixa um pouco a casca da filha para abraçar a responsabilidade do cuidado parental e, em uma análise mais ampla, de maior entendimento dos desafios maternos.

No bate-papo mediado pela jornalista Mariana Kotscho, as cantoras Zizi e Luiza Possi, respectivamente mãe e filha, contaram sobre as experiências compartilhadas depois que Luíza deu à luz Lucca, 3 anos, e Matteo, 7 meses.
Além dos filhos de Luíza, Zizi assumiu ainda o posto da avó também de Miguel, enteado da filha. E, ainda que seja hoje a avó carinhosa e divertida, nem sempre encarou o papel com naturalidade. Enquanto Luiza, se viu enfrentando julgamentos, próprios e alheios, até chegar na mãe mais leve que mostra ser hoje.

"Julguei minha mãe, mas depois que tive filho eu a compreendi" Luiza Possi

"O julgamento é a peça da vez. Colocamos na cabeça que tal conceito é que vale e julgamos o tempo inteiro" Zizi Possi

Líquidos, instáveis, de curta duração

Elisama Santos, psicanalista e escritora, e Cris Bartis, cofundadora do Mamilos e sócia do B9 Company, no Universa Talks 2022 - Mariana Pekin/ UOL - Mariana Pekin/ UOL
Elisama Santos, psicanalista e escritora, e Cris Bartis, cofundadora do Mamilos e sócia do B9 Company, no Universa Talks 2022
Imagem: Mariana Pekin/ UOL

Estudos mostram que, não somente pela pandemia, mas com mudanças acentuadas por conta dela, das privações de encontros e de novos conceitos de afeto, a dinâmica dos relacionamentos tem mudado significativamente. No Brasil, uma pesquisa recente do Datafolha encomendada pela plataforma Omens, constatou: brasileiros estavam transando menos e broxando mais. Com a crise em alta e a libido em baixo, a frequência do sexo diminuiu.

Em "Líquidos, instáveis e de curta duração", Camila Brandalise, editora de Universa, Elisama Santos, psicanalista e escritora, e Cris Bartis, co-fundadora do Mamilos, plataforma de inovação social, e sócia da agência B9 Company, debateram estes e outros assuntos. Como a monogamia, campeã de audiência nas conversas sobre relacionamentos, que perde cada vez mais adeptos, embora poliamor ainda seja visto, sobretudo por quem não o pratica, como um território sem regras. O que, concluíram em consenso as participantes do debate, é justamente o contrário de bagunça.

"Ficar anos casada não quer dizer ficar anos juntos. O tempo de relação já não é atestado de sucesso." Elisama Santos

"Poliamor é diferente de bagunça. Não monogamia também precisa ter acordos." Cris Bartis

Você me influencia

Rafa Kalimann, apresentadora, Marcela Ceribelli, CEO da Obvious Agency, Bielo Pereira, apresentadora e empresária, no Universa Talks 2022 - Mariana Pekin/ UOL - Mariana Pekin/ UOL
Rafa Kalimann, apresentadora, Marcela Ceribelli, CEO da Obvious Agency, Bielo Pereira, apresentadora e empresária, no Universa Talks 2022
Imagem: Mariana Pekin/ UOL

Algumas transformações foram mais perceptíveis aos olhos enquanto muita gente ava mais tempo em casa. Neste contexto em que as redes sociais se tornaram a janela mais ível e segura para outras realidades, um dos terrenos que precisou ser repavimentado foi o de produtores de conteúdo digital, também conhecidos como influenciadores.

É fato que muitos dos questionamentos sobre responsabilidade já eram frequentes antes mesmo da ordem mundial ser paralisada pela pandemia. No entanto, estudos como o relatório divulgado pelo Pinterest em dezembro ado, apontaram que alguns inimigos do engajamento vieram para ficar.

Para falar sobre o assunto, Barbara dos Anjos Lima, editora de Universa, recebeu a influenciadora e ex-BBB Rafa Kalimann, a apresentadora e empresária Bielo Pereira, e a CEO da agência Obvius, Marcela Ceribelli, em "Qual o papel das influenciadoras ao falar de aceitação, beleza e maternidade?".

A desaceleração foi percebida como a tendência mais cristalizada, ao lado da busca por lifestyles mais simples e conectados com a natureza, alvo de 95% das pesquisas realizadas por usuários da plataforma. Cresceu ainda a exigência por responsabilidade e mais democracia e representatividade. O que deixou muitas personalidades desse ambiente online em situações de constante cobrança. Se posicionar quase virou regra, assim como o receio do cancelamento. Estará o equilíbrio a caminho?

"Antes, queríamos ver onde as pessoas estavam para sair de casa com elas. Quando a pandemia veio, a questão ou a ser o que o influenciador consegue oferecer para me tirar daqui?" Bielo Pereira

"Para além da imagem que entregamos, o que temos para falar, para trocar com quem nos segue?" Rafa Kalimann

"Quando falamos a terra de ninguém, dos cancelamentos e opiniões, é preciso ter muito cuidado em nossa fala" Marcela Ceribelli

SOBREVIVÊNCIA E REENCONTRO CONSIGO MESMA

Isabel Martins, advogada e sobrevivente da tragédia do Capitólio, em entrevista a Juliana Linhares no Universa Talks 2022: Reencontros - Mariana Pekin/UOL - Mariana Pekin/UOL
Isabel Martins, advogada e sobrevivente da tragédia do Capitólio, em entrevista a Juliana Linhares no Universa Talks 2022: Reencontros
Imagem: Mariana Pekin/UOL

A expectativa do reencontro é boa quando ele é uma possibilidade. Mas e quando tudo que resta é um reencontro com si mesma, com uma nova vida onde muito e muitos estão faltando? Sobreviver a grandes tragédias ou desastres, tendo a vida diretamente colocada em risco ou após a perda de pessoas muito amadas traz a sensação de que não haverá recomeço possível. Especialistas até chamam esse conjunto de sensações de "síndrome dos sobreviventes".

Juliana Linhares entrevista Helena Taliberti no Universa Talks - Mariana Pekin/UOL - Mariana Pekin/UOL
Juliana Linhares entrevista Helena Taliberti no Universa Talks
Imagem: Mariana Pekin/UOL

Porque o primeiro o, após acontecimentos extremos, talvez seja sobreviver para, então, voltar a viver. Mas essa jornada é possível? Esse foi o ponto central das entrevistas conduzidas pela jornalista Juliana Linhares, com Isabel Martins da Costa, advogada que sobreviveu ao desastre em Capitólio e salvo cinco crianças, e Helena Taliberti, que perdeu filhos e nora na tragédia de Brumadinho, e hoje dirige o Instituto Camila e Luiz Taliberti, em homenagem aos filhos e para que catástrofes evitáveis como a que vitimou sua família não se repitam.

Ao fim da programação, a cantora Paula Lima também dividiu sua experiência de luto e recomeço com Fabi Gomes, ao contar como rumou ao reencontro com si mesma após perder o marido, seu empresário e companheiro há duas décadas, que faleceu em maio ado.

"Parece um surto de autoestima o que vou falar. Mas hoje sei a mulher que sou, do que dou conta e o que fui capaz de fazer. Ter sobrevivido a esse acidente foi bom porque hoje eu me vejo" Isabel Matins

"Mudei muito, hoje sou uma pessoa que tem preocupação com tudo, de meio ambiente a questões sociais. Foi a herança que me deixaram, herdei um legado enorme." Helena Taliberti

"Estou me reencontrando ainda. Quando você a muito tempo com a pessoa, você e ela se tornam um. Sinto muita falta, mas tenho amigos incríveis que nem sabia que tinha." Paula Lima

Universa Talks 2022 Reecontros: veja como foi o evento