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Corações de ferro

Enfermeiras da Covid-19 arriscam a vida pelos pacientes, choram ao perdê-los e rezam pelo fim da pandemia

Camila Brandalise do UOL Avener Prado/UOL

Roseneide Tunico, 52, enfermeira há 21 anos, troca resignadamente os lençóis de um leito no pronto-socorro do Hospital do Ipiranga. "A demanda aumentou 70% em uma semana", diz. Um novo paciente chegará em instantes.

A fila é grande. "É muita gente, o tempo todo. Nos concentramos muito no que precisa ser feito para garantir o fluxo", diz Keila Regina, 41, enfermeira do centro de triagem do mesmo hospital. E cada minuto importa.

"Temos que pensar racionalmente", afirma Erika Yumiko Kumoto, 37, há três anos na UTI do Hospital Israelita Albert Einstein, primeiro do Brasil a confirmar um caso de Covid-19, no final de fevereiro. Casada com um enfermeiro, Erika conta que as conversas em casa têm sido pautadas pela Covid-19. "Falamos das decisões técnicas, dos casos que estamos lidando, das evoluções. É o apego à profissão."

A técnica em enfermagem Iranete Santos de Lima, 45, acaba de ver uma "menina", como ela mesma descreve a mulher entre 20 e 30 anos que ocupava um dos leitos da enfermaria no Ipiranga, morrer de Covid-19 na sua frente.

Minutos depois, encontra a reportagem. Os olhos marejam. "Ela estava bem. Quando notei um problema, chamei a médica, não deu tempo. Fico pensando na família que vai receber essa notícia", diz. Respira fundo, segura uma mão na outra e chora.

Após perder a paciente, Iranete seguiu o trabalho em outro quarto, atendendo um senhor de 78 anos com sintomas de Covid-19 que aguardava o resultado do seu exame e reclamava de frio. Colocou a primeira coberta sobre o corpo dele. Colocou a segunda sobre suas pernas. "O senhor está quentinho agora?"

"A gente sabe da gravidade da doença, está todo dia aqui vendo pessoas piorando rápido. As enfermeiras reclamam da roupa e se sentem presas com tanta coisa. Mas não deixam de seguir o protocolo", explica Nathália Barbosa Martins, 30, chefe de enfermagem do pronto-socorro do Ipiranga. "Sair do isolamento, fazer festa, é um desrespeito com o nosso trabalho."

No Ipiranga, a equipe está abalada porque uma enfermeira do hospital foi internada em estado grave. "Quando ela subiu para a UTI, eu sentei e chorei. Chorei muito", diz Cristiane Guerra. "Quando um colega complica, além do receio em perdê-lo, todo mundo pensa que pode ser o próximo."

Quando a primeira médica do Einstein foi internada, no começo de março, Erika Kumoto sentiu um desespero. "Pensei: 'Meu Deus, está chegando na gente'." A colega já se recuperou, mas Erika segue enfrentando o medo de contrair a doença toda vez que sai de casa para trabalhar. "Nunca cogitei parar. Foi isso que escolhi fazer."

Luciane Rodrigues, 42, estava há cinco anos longe de hospitais para se dedicar a dar aulas de enfermagem. No final de abril, foi chamada para trabalhar na UTI de Covid-19. Pensou duas vezes e aceitou. Mas não contou para a família. "Minha mãe descobriu e agora ela não dorme direito de preocupação", conta. "Estar aqui é uma paixão. Entendo que recebi um chamado. Não é todo mundo que consegue e tem coragem."

De máscara, touca, óculos, luvas, proteção para os pés e duas camadas de roupa, Luciane só tira a vestimenta no único intervalo que faz durante o plantão de 12 horas. No dia em que a reportagem esteve no hospital, foram oito horas seguidas de trabalho, das 7h às 15h, sem água nem banheiro. Quando saiu para o almoço, estava apreensiva: um paciente tinha acabado de tossir em seu rosto.

No começo de março, quando o Ipiranga ainda recebia os primeiros casos, Cristiane, chefe de enfermagem, já se sentia em uma batalha. "Como soldados, nós nos armamos", diz. Ao acordar, ela reza pedindo sabedoria e força. "Isso vai ar."

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