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Alexandre da Silva

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Dividir o cuidado para envelhecer bem

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Colunista do UOL

02/01/2023 04h00

Neste início do ano, quando muitas pessoas fazem e desejam votos para que sonhos se realizem —como o ingresso no tão esperado curso, o novo emprego, a promoção no emprego atual, a aquisição de um novo carro ou imóvel ou a mudança para uma nova região, estado ou país —, é também importante levar em consideração outras demandas que, a cada dia, estão se tornando urgentes na vida de quem convive em sociedade.

Falo do cuidado e, consequentemente, do exercício, da atividade, do ofício, da ocupação de cuidar. Mas posso ir além e incluir que, para muitas pessoas, cuidar é algo que parece já estar predestinado.

E isso não é bom.

Isso é ruim.

Isso é injusto.

Com o aumento da expectativa de vida e as novas estruturas que moldam a atual sociedade, que envolve uma quantidade menor de pessoas no núcleo familiar, onde todos trabalham fora de casa, além de não residirem próximas a outros familiares, é necessário que se pense em quem irá cuidar da pessoa que envelheceu e que precisa de uma supervisão ou ajuda para a realização das atividades de vida diária.

Isso inclui levantar da cama, fazer uma refeição, sair de casa, voltar para casa, pagar contas e outras atividades importantes para a grande maioria de nós.

Quem não tem uma pessoa idosa nessas condições? Também é bom pensar nisso: se não for você quem irá se tornar idoso com necessidade de alguma ajuda nos próximos anos, com certeza alguém próximo se tornará e acredito que você não irá abandoná-lo, correto?

E ainda: essa pessoa mais velha que hoje vive muito bem, com total independência e autonomia, um dia poderá solicitar a sua ajuda também.

Sendo assim, o aumento da expectativa de vida da população significa rearranjos. E, nesses rearranjos, pessoas que culturalmente costumam cuidar, mesmo não sendo consultadas se têm "vontade" de fazê-lo, precisam cuidar menos para se cuidarem mais e deixar que outras pessoas que culturalmente cuidam e se cuidam menos em a fazer parte desta atividade.

Pessoas do gênero feminino têm esse papel culturalmente mais estabelecido no nosso país, acarretando condições que mantêm a desigualdade de gênero em diversos espaços, principalmente no trabalho, na educação e na menor participação social para além do quintal e da rua onde residem.

E, entre as mulheres, existe essa prática ruim de não serem consultadas, como escrevi anteriormente. Isso quer dizer que aquelas que, estrategicamente, tentam transgredir essa norma para uma maior autonomia e independência, que também é financeira, se veem envolvidas em "negociações familiares" sobre quem ficará responsável pela pessoa idosa.

E, então, irmãos, cunhados, pais, primos e outros escolhem essa mulher para ficar encarregada e sobrecarregada com o cuidar dessa pessoa mais velha, tão querida e amada por toda a família. Essa idosa ou idoso que muito fez para todas e todos, sem economizar, com muito esforço, risco e não realização dos próprios sonhos e do propósito de vida!

Percebe que, até na linguagem escrita, parece não ter lógica que apenas a mulher fique responsável por essa função? Cuidar é uma atividade muito complexa, muitas vezes exercida por anos ou décadas, e que pode sacrificar a vida do cuidador, que viverá quase que exclusivamente para cuidar, enquanto outras pessoas da família costumam contribuir somente quando sobra algum tempo.

E muita gente sabe que, nesse mundo de tantas exigências e telas, tempo de sobra é o que menos se encontra.

Por diversas vezes, a cuidadora tem uma pele mais escura. E isso, historicamente, reflete uma situação de menos valia, de um lugar determinado pela sociedade e família, que procura invisibilizar para não legitimar sua importância e para continuar essa injusta remuneração (isso quando ocorre!).

As pessoas mais jovens, incluindo aquelas que se sentem jovens mesmo já sendo velhas, precisam entender que pessoas adultas e mais velhas precisam de espaço e tempo para a realização de suas atividades e de que não há mal algum em ajudar.

A ajuda vai desde o arrumar a cama, colocar ou tirar a mesa do café, almoço e ou jantar (parece muito, mas não é!), lavar uma roupa, fazer a compra no mercado ou pagar as contas nos aplicativos. E sim, isso implica abandonar um pouco as telas pequenas, médias, grandes e as interativas onde se trabalha, onde se encontra pessoas, onde se estuda ou onde se faz nada, para abrir espaço e sobrar algum tempo para ajudar.

As pessoas adultas —e aqui caberia outros cinco ou seis parágrafos, pois cada um abordaria o cuidado em perspectivas de gênero, classe, idade, renda e nível de escolaridade, por exemplo— também precisam compreender, de uma vez por todas, que a vez de serem ajudadas pode estar mais perto do que se imagina! Poderá ser uma ajuda leve, sutil ou alguma mais evidente ou essencial.

Criar um hábito e ser um exemplo de uma boa pessoa cuidadora com certeza trará inúmeros benefícios, desde o ser bem cuidada quando precisar até à criação de uma família mais harmoniosa e que perpetue menos as práticas marcadas, consciente ou inconscientemente, pelo machismo e idadismo, que é a discriminação em razão da idade.