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Boteclando

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

O bar Filial voltou - mas a boemia da Vila Madalena está indo embora

Na volta do Filial, estão ali o piso quadriculado e elementos que marcaram a história do bar - Miguel Icassati
Na volta do Filial, estão ali o piso quadriculado e elementos que marcaram a história do bar Imagem: Miguel Icassati

Colunista do UOL

28/01/2022 04h00

Um dos presentes que a cidade de São Paulo ganhou no dia 25 de janeiro, dia em que completou 468 anos, foi o ressurgimento do Filial, bar que nas duas primeiras décadas deste milênio deu importante contribuição à boemia e aos boêmios que frequentavam a Vila Madalena.

Inaugurado em 2000 pelos irmãos Arnaldo, Ricardo, Ronen e Helton Altman, logo o bar se tornou ponto de encontro do povo de humanas — entre artistas e jornalistas que testemunhei ou com os quais compartilhei mesa, a lista inclui Paulo Caruso, Xico Sá, Ivan Lins, Doutor Sócrates e até o Billy Duffy, guitarrista do The Cult, sem contar um punhado de abrilianas e abrilianos com quem convivi por alguns bons anos nas redações e nas mesas do bar.

Naqueles tempos em que a gente era romântica, feliz e sabia, se as mesas e o balcão do Filial estivessem totalmente ocupados, era só atravessar a rua e se acomodar numa mesinha do Genésio, que os irmãos Altman abriram alguns anos depois. Mais adiante, eles criariam o Genial, uma mistura de Genésio com Filial, e o Mundial, ambos na rua Girassol.

O antigo bar Genesio, que fechou durante a pandemia - Julia Chequer/Folhapress - Julia Chequer/Folhapress
O antigo bar Genesio, que fechou durante a pandemia
Imagem: Julia Chequer/Folhapress

Antes, a família havia idealizado e fundado o Clube do Choro, nos anos 1980, o Gargalhada Bar, na rua João Moura (já nos anos 1990), e o Vou Vivendo, um bar que marcou época na Rua Pedroso de Moraes, ao ter sediado nessas duas décadas centenas de shows, quase diários, de nomes como Chico César, Paulinho da Viola, Elizeth Cardoso, Paulo César Pinheiro e Guinga. No mesmo endereço, em 1997, o Vou Vivendo deu lugar ao Dona Maria, meio bar, meio balada.

Vou Vivendo, Gargalhada, Genial, Mundial, Dona Maria, Genésio — que encerrou as atividades há menos de um ano — e aquele Filial foram bares de uma Vila Madalena e de um pedaço de Pinheiros diferentes dos de hoje. Para não tomar muito tempo com lamentações e saudosismo, digo que a Vila Madalena talvez esteja no meio de um processo de mudança de perfil urbanístico, social e cultural. Está menos vila, mais Village.

Tem um Brasil indo embora, né?", me disse ontem um bom amigo, após um comentário meu a respeito de uma geração de donos de bares bons de papo que, infelizmente, já se foi ou se aposentou.

O bar Jacaré, na Vila Madalena - Reprodução - Reprodução
O bar Jacaré, na Vila Madalena
Imagem: Reprodução

Pois é, tem uma Vila Madalena indo embora e uma Madalena Village chegando. No meio desse processo, novos vizinhos se mudando para ali a fim de conduzir alguns daqueles botecos sobreviventes. Refiro-me à Fábrica de Bares, grupo que agora comanda o Filial e que no fim de 2021 reinaugurou o Jacaré Grill na rua Harmonia, dois quarteirões acima do Filial. E que istra e vem dando vida nova a outros bares simbólicos de São Paulo, entre os quais Brahma, Leo, Blue Note e Riviera, esse com reabertura prevista para o mês que vem.

Entrada revitalizada do Filial - Reprodução Facebook - Reprodução Facebook
Entrada revitalizada do Filial, reaberto esta semana
Imagem: Reprodução Facebook

Conforme escrevi na primeira linha deste texto, considero que o ressurgimento do Filial é um presente para a cidade. Com ela, porém, vem a nostalgia e a comparação com o que ele foi no ado, não tem jeito. O que será daqui para a frente, dá para termos uma ideia a partir do que eu vi e ouvi dos garçons na noite de anteontem, quando lá estive: a estampa é a mesma (estão lá o piso quadriculado, o balcão de pedra branca e os quadrinhos e caricaturas pelas paredes); o chope segue ótimo, agora servido na tulipa (R$ 9,50) e a oferta de cachaças, extensa; rodas de choro e de samba serão frequentes; e a coquetelaria a a ser supervisionada pelo decano Derivan Ferreira, o Mestre, que dará expediente no Riviera. "Vou privilegiar uma coquetelaria mais clássica e introduzir uma ou outra inovação", contou-me enquanto preparava uma cinnamon martini, perfeito, como sempre, com três gotas de vermute e gim dosado "no olho".

Derivan Ferreira supervisiona a coquetelaria - Miguel Icassati - Miguel Icassati
Derivan Ferreira supervisiona a coquetelaria
Imagem: Miguel Icassati
Os quadros com charges também voltaram à decoração - Miguel Icassati - Miguel Icassati
Os quadros com charges também voltaram à decoração
Imagem: Miguel Icassati

O cardápio é o que talvez represente mais este novo Filial: traz receitas criadas pelo chef Romulo Morente, do bar Moela, entre as quais o saboroso jiló empanado (R$ 16,00), o sanduíche de lula apimentada com bacon e vinagrete de couve (com pouca lula, muita couve e, uma pena, um pão murcho, R$ 26,00) e a boa coxinha Filial (R$ 9,00), de frango com catupiry, uma alusão a um dos petiscos com o qual o caldo de feijão com bacon (R$ 16,00) fazia dupla na minha mesa.

Senti falta da simplicidade e do sabor do bolinho de arroz e da espetada de alcatra com salada de batata, que muitas vezes me serviram de jantar. Tudo bem, talvez eu esteja com saudade de uma Vila Madalena que está indo embora.

Vai lá:

Filial. Rua Fidalga, 254, Vila Madalena.