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Casal conhece 103 países e percorre mais de 300 mil km de carro pelo mundo

Michelle Weiss e Roy Rudnick, no Alasca - Arquivo pessoal
Michelle Weiss e Roy Rudnick, no Alasca
Imagem: Arquivo pessoal

Priscila Carvalho

Colaboração para Nossa

23/12/2020 04h00

Em fevereiro de 2007, a arquiteta Michelle Weiss, de 36 anos, recebeu uma proposta diferente do namorado. O que para muitos seria um pedido de casamento, no caso dela, foi um convite para uma volta ao mundo.

Sem muita enrolação, seu atual marido, Roy Rudnick (46), perguntou se ela queria ar alguns anos viajando de carro pelos cinco continentes.

Eu estava no último ano da faculdade e fiquei meio assustada e receosa de largar tudo. Mas eu perguntei se ele iria sem mim e a resposta foi sim. Foi aí que decidi arriscar a viagem", conta Michelle.

O sonho começou a ser planejado por Roy, que na época trabalhava como , adorava fazer viagens de moto pelo Brasil e América do Sul. A paixão pela estrada deixou de ser hobby e ou a ser meta de vida.

Depois de muitos questionamentos e contas, o casal colocou a viagem em prática. "Eu não tinha muitos bens para vender. Lembro que a única coisa de valor era a minha vaca, já que morava próximo à fazenda. Fomos com as economias do meu marido mesmo. Na época, deu uns 70 mil dólares e viajamos com esse dinheiro", diz a arquiteta.

Casal bem no "meio do mundo", sobre a linha do Equador - Reprodução/Instagram@mundoporterra - Reprodução/Instagram@mundoporterra
Casal bem no "meio do mundo", sobre a linha do Equador
Imagem: Reprodução/Instagram@mundoporterra

Quase três anos pelo mundo

A princípio, a ideia era comprar um carro e adaptá-lo para um motorhome, mesmo que fosse simples.

Depois de muita pesquisa, pagamentos de taxas e vistos, a viagem começou. Eles não sabiam muito o que iriam encontrar pelo caminho, mas fizeram um "pré-roteiro" no mapa.

Michelle Weiss e Roy Rudnick, em Kings Canyon, Austrália - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Michelle e Roy, em Kings Canyon, Austrália
Imagem: Arquivo pessoal
Casal no Paquistão - Reprodução/Instagram@mundoporterra - Reprodução/Instagram@mundoporterra
Casal no Paquistão
Imagem: Reprodução/Instagram@mundoporterra

Para poder viajar sempre pela estrada, eles tinham que despachar o carro em containers. Na primeira vez, o veículo saiu da Venezuela até Melbourne, na Austrália, em um trajeto de quase 40 dias.

Durante quatro meses, eles permaneceram na Oceania e exploraram Austrália e Nova Zelândia. Depois era hora de ir para a Ásia. O motorhome improvisado foi despachado para a Malásia e, de lá, o casal viajante ou pela Tailândia, Camboja e Laos, até chegar na Índia.

Visitar o Oriente Médio foi descartado por causa de alguns países que estavam em guerra e não eram seguros para o turismo. Mas depois de conhecer outros viajantes, eles viram que era possível explorar esses lugares. "Nós cruzamos o Paquistão, Síria e chegamos no continente africano por meio do Egito. Foi um ano só viajando pela África", relembra Michele.

Michelle Weiss e Roy Rudnick, no Marrocos - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Michelle Weiss e Roy Rudnick, no Marrocos
Imagem: Arquivo pessoal

E não pense que conhecer todos esses países ocorria de forma rápida e sem problemas: foram quase três anos na estrada e com muitas adaptações ao longo do caminho. "Nós dormíamos no carro e procurávamos lugares seguros como igrejas, estacionamento de hotel, mercado. Mas quando não tinha jeito era na estrada mesmo."

Depois da África, eles viajaram para Europa e ficaram alguns dias. A jornada do casal estava chegando ao fim e o retorno para o Brasil também. Depois de 1033 dias de viagem (quase três anos), eles pisaram em solo brasileiro.

ou muito rápido. Eu saí e quando voltei meu sobrinho já estava com dois anos e meio. Serviu de muito aprendizado."

Uma volta ao mundo não foi suficiente

A vida estava seguindo quase que normalmente para Michele e Roy, desde que retornaram ao Brasil. Ela voltou para a faculdade de arquitetura e o casal seguia trabalhando com fotografia, exposições e palestras. E foi durante esse período que eles resolveram criar o livro "O Mundo por Terra", no qual eles contam, de forma detalhada, as aventuras de viagem.

Todos os projetos estavam indo bem, mas a vida "normal" não agradava mais os dois. "Uma vez que você conhece o mundo, quer conhecer ainda mais e explorar muito. Decidimos que iríamos viajar novamente", diz.

Michelle Weiss e Roy Rudnick, no Alasca - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Michelle Weiss e Roy Rudnick, no Alasca
Imagem: Arquivo pessoal

Depois de quase cinco anos em casa, a nova viagem começou em agosto de 2014 no Alasca (Estados Unidos). E foi na cidade de Portland, também em território americano, que eles aram muito estresse e um dos piores perrengues: um roubo inesperado.

Levaram aporte, documentos, equipamentos, quase tudo. Tivemos um prejuízo e foi muita burocracia para resolver", conta.

Depois dos EUA, o casal despachou o carro para Rússia, onde iam ficar por quase três meses debaixo de temperaturas negativas — muito negativas. "Em uma região que não é muito habitada chegamos a pegar 50 graus negativos", ressalta Michelle. Depois seguiram para Ásia Central, países do Cáucaso e Europa.

Nessa segunda jornada foram 2200 dias na estrada e 52 países. Ao longo dos seis anos de viagem, o casal percorreu uma distância de 300 mil quilômetros de motorhome, somados à primeira viagem.

Michelle Weiss e Roy Rudnick, na Bolívia - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Michelle Weiss e Roy Rudnick, na Bolívia
Imagem: Arquivo pessoal

E quando perguntada qual o lugar mais bonito que conheceu durante todo esse período em que viajaram pelo mundo, a resposta fica difícil e Michelle brinca que é impossível escolher um só. "Eu amei as praias e montanhas, mas são paisagens diferentes. A Etiópia me encantou muito. Também amei a Namíbia, Bolívia, Laos e Mongólia. Tem muito lugar incrível no mundo."

Maior perrengue foi na Rússia

Um dos maiores objetivos durante a segunda volta ao mundo era alcançar a latitude 70 norte. Mas, para isso, era necessário chegar até um local praticamente inabitado na Rússia e com temperaturas que podem chegar a quase 70 graus negativos. Por causa do frio extremo, eles tiveram que dirigir sobre rios e lagos congelados durante 13 dias.

Michelle Weiss e Roy Rudnick, na Rússia - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Michelle Weiss e Roy Rudnick, na Rússia
Imagem: Arquivo pessoal

E se a situação já estava preocupante, piorou ainda mais: o diesel do carro congelou e o automóvel simplesmente parou de funcionar. "Tivemos que desligar a bateria para poupar energia e perdemos nossa fonte de calor. Os trincos começaram a congelar e a temperatura dentro do carro chegou a 20 graus negativos. Pensamos que íamos morrer ali mesmo", diz.

Foi neste país que o casal ou por seu maior perrengue - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Foi neste país que o casal ou por seu maior perrengue
Imagem: Arquivo pessoal

Ela conta que é quase impossível ar uma temperatura tão baixa, mesmo com roupas adequadas.

Por sorte, eles foram ajudados por caminhões de bombeiros russos, que os levaram para uma garagem de calefação para o carro descongelar.

Próximas viagens

Por causa do lançamento do segundo livro e também pela pandemia, o casal está no Brasil e istra projetos pessoais, como o Mundo Por Terra (@mundoporterra).

Desde 2018, Michelle e Roy estão no país e pretendem fazer viagens no futuro. Mas, agora, o planejamento envolve mais uma pessoa, já que eles tiveram uma filha, que pretendem levar para os próximos destinos.

O casal e sua filha, Serena - Reprodução/Instagram@mundoporterra - Reprodução/Instagram@mundoporterra
O casal e sua filha, Serena
Imagem: Reprodução/Instagram@mundoporterra

"Ela ainda é pequena e as crianças são superflexíveis. A viagem daria certo e, com certeza, queremos que ela explore o mundo com a gente e veja tudo com os olhos dela."