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Guilherme Ravache

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Por que Riverdale, The Flash, Batwoman e séries jovens podem sumir da TV

Riverdale é uma das séries de futuro incerto com venda do CW - Reprodução / Internet
Riverdale é uma das séries de futuro incerto com venda do CW Imagem: Reprodução / Internet

Colunista do UOL

16/01/2022 04h00

Resumo da notícia

  • Venda da rede CW, dona de sucessos como Riverdale, The Flash, Supergirl e Supernatural mostra desafio das TVs em concorrer com streaming
  • A negociação ainda não foi concluída, mas novos donos da CW devem trocar séries jovens por programação mais barata e voltada ao público mais velho
  • WarnerMedia e ViacomCBS, atuais donas da CW, querem investir em seus próprios serviços de streaming e precisam do dinheiro da venda
  • Apesar do sucesso entre o público jovem, a CW nunca deu lucro desde sua estreia em 2006 e perde mais de R$ 570 milhões por ano
  • CW possuia um acordo de R$ 5,7 bilhões com a Netflix, mas não renovou o contrato para beneficiar o HBO Max e a Paramount+, aumentando prejuízos
  • Tendência se repete em países como o Brasil, com grupos de mídia cortando custos de TV aberta e a cabo para priorizar o digital

A notícia que a rede CW está à venda pegou a todos de surpresa. Dona de séries como Riverdale, The Flash, All American, Walker e Batwoman entre outros sucessos, a CW pode se tornar a mais recente vítima do streaming, assim como os shows que produz.

A WarnerMedia e a ViacomCBS dividem a propriedade da CW (o nome vem do 'C', da CBS e o 'W', da Warner). A venda é consequência da rápida mudança de prioridades das duas gigantes de mídia, que agora apostam no streaming.

A CW dá prejuízo desde sua estreia em 2006, mas os shows que a rede produz fazem sucesso e são vistos como propriedades interessantes para a WarnerMedia e ViacomCBS. O problema é que com o crescimento do streaming e redes sociais a audiência caiu e a CW ou a dar ainda mais prejuízo nos últimos anos. Basicamente, os jovens assistem cada vez menos à TV tradicional e migraram para o digital, assim como os anunciantes.

O tiro de misericórdia veio com o fim do acordo da CW com a Netflix. A Netflix pagava R$ 5,7 bilhões pelo conteúdo da CW. Como a WarnerMedia lançou o HBO Max, e a ViacomCBS o Paramont+. As duas gigantes aram a priorizar suas próprias plataformas de streaming, onde cada uma tem o controle total.

Como as plataformas de streaming não revendem os conteúdos para TV, a CW também perdeu a receita da venda do conteúdo para outras canais de TV aberta e a cabo ao redor do mundo. O prejuízo anual da CW gira em torno de R$ 570 milhões por ano.

Batalha no streaming

Não bastassem os prejuízos, a WarnerMedia e a ViacomCBS estão desesperadas para encontrar mais dinheiro para investir na HBO Max e Paramount+. À medida que a guerra do streaming se torna cada vez mais cara, maior se torna a necessidade de investimento em conteúdo.

O ano de 2022 marcará um recorde de investimentos em conteúdo audiovisual. A Disney já anunciou que investirá R$ 188,1 bilhões (US$ 33 bilhões) em conteúdo em 2022. A quantia é R$ 45,6 bilhões (US$ 8 bilhões) superior ao que gastou em 2021. Já a WarnerMedia está se fundindo com a Discovery para cortar custos e aumentar sua capacidade de investimento. A expectativa é que a nova empresa gaste mais de R$ 114 bilhões (US$ 20 bilhões) em conteúdo em 2022.

A Netflix também já deve elevar o investimento em conteúdo de R$ 80 bilhões (US$ 14 bilhões) para R$ 97 bilhões (US$ 17 bilhões).

Menos Riverdale e Flash, mais culinária e política

Segundo reportagem do Wall Street Journal, o comprador mais provável é o Nexstar Media Group. A Nexstar é a maior proprietária de estações de TV dos Estados Unidos e a maior afiliada da CW.

O acordo ainda está sendo discutido, mas o cenário mais provável seria a Nexstar assumindo uma participação significativa na CW, talvez até se tornando proprietária majoritária. A WarnerMedia e a ViacomCBS provavelmente também teriam contratos para fornecer programação.

Se a Nextar fechar o negócio ou outro comprador adquirir a CW, é quase certo que a programação deve mudar radicalmente.

A TV cada vez mais se torna o destino de pessoas mais velhas. A CW, voltada a adolescentes e jovens adultos, faz cada vez menos sentido à medida que essa audiência está em outras plataformas.

Na TV tradicional, cada vez mais a aposta é ganhar escala para cortar custos. E neste contexto, produções elaboradas como Riverdale e The Flash devem dar espaço a conteúdos mais baratos como programas de culinária e programas jornalísticos com foco em política, populares entre o público de mais idade.

A venda de publicidade em campanhas eleitorais (nos Estados Unidos isso é permitido, diferentemente do Brasil) é uma das grandes fontes de receita da Nexstar.

Tom Carter, COO da Nextar, em recente conferência com investidores disse que não tem planos de manter operações dando prejuízo. Nada indica que essa postura mudará caso Nexstar assuma o controle da CW.

A Nexstar também é dona da NewsNation, um canal a cabo que de dia a entretenimento leve e a partir do fim da tarde transmite somente notícias.

Riverdale e The Flash vão sobreviver?

Na TV aberta e a cabo as chances de Riverdale e The Flash, entre outras séries da CW desaparecerem é altíssima. A prioridade da WarnerMedia e ViacomCBS será seus próprios serviços de streaming. A Nexstar não vai pagar a conta dessas produções e tem outro público alvo. O catálogo da CW com sucessos como Supernatural, The Vampire Diaries e Arrow, entre outras séries antigas já seria suficiente para manter uma modesta operação de streaming, como tudo indica, seriam os planos da Nexstar.

Por sinal, séries jovens devem cada vez mais sumir da TV aberta e a cabo e migrar para o streaming. O público jovem está no digital, não na TV tradicional.

Se franquias como Riverdale vão sobreviver nas plataformas de streaming é uma questão complexa. Vai depender particularmente da negociação da venda da propriedade intelectual da CW. A Netflix tem interesse em Riverdale, a série é um sucesso de audiência, mas WarnerMedia e ViacomCBS não tem interesse em ajudar o concorrente. Ironicamente, HBO Max e Paramount+ também concorrem um com o outro.

A Warner produz 13 das 20 séries da CW. A ViacomCBS é responsável pelas outars sete. Então o natural é que a Warner tenha maior poder de negociação, o que seria positivo para a HBO. Mas mesmo que os atuais donos fiquem com as franquias, boa parte do know how da CW na produção se séries jovens ficará com os novos donos.

Fusões e aquisições em alta

O movimento da CW é parte de uma tendência ao redor do mundo. Acuadas pelo crescimento de gigantes de tecnologia como Google, Meta (ex-Facebook), Apple, Netflix e agora o TikTok, grupos de mídia têm unido suas operações para ganhar escala e reduzir custos.

A Nextar comprou e vendeu diversas emissoras de TV e grupos de mídia nos Estados Unidos desde 2019. Embora a Nexstar esteja no limite de estações de TV permitidas pelo FCC (órgão regulador americano de comunicações) de 39% das residências dos EUA, várias estações CW estão em mercados onde a Nexstar já possui uma estação (a empresa pode possuir duas, desde que ambas não estejam entre as quatro maiores), e a empresa poderia optar por vender outras estações em mercados menos lucrativos em troca de estações em estados mais lucrativos, como fez ano ado.

A CW e seus heróis podem em breve se tornar as últimas vítimas da guerra do streaming.

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